sábado, 8 de maio de 2010

A posteriori

Estávamos prestes a sentir o céu claro, a revolução levou-me à praia, a areia serpenteava ao som do mar. Maresia levou-me ao mergulho, entrei sem hesitar e nadei naquele oiro.
Algo me puxou para baixo!
Esta praia, esta altura do ano, este céu, afundaram-me.
Pânico, pânico!
Num ápice dei por mim a respirar debaixo de água como se guelra tivesse.
Semi baralhado, semi estupefacto comecei a sentir que ali sim seria a minha praia, dissipado de todos, apenas com aquela felicidade/dom que parecia utópica.
Quero viver aqui, é ópio, droga, este mar de vida que me está a percorrer!
Nadei sem noção do tempo e quando estava bem entranhado nas profundezas do mar comecei a asfixiar, tentei sair daquele imenso fundo outrora magnífico mas morri afogado.

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